Lua – Satélite do Planeta Terra

Lua

Créditos: NASA/Goddard Space Flight Center
Scientific Visualization Studio

A Lua, o único satélite natural do nosso planeta Terra e o objeto celeste mais próximo de nós. Este belíssimo astro sempre nos fascinou pela sua beleza e pelas questões que levanta. Vamos neste artigo falar sobre as principais características da Lua, conhecer as fases da Lua, saber o que foi a Apollo 11, entre outras questões.

A Lua está a uma distância média de cerca de 384.400 km do planeta Terra, ainda que sua distância possa variar entre 363.300 km (perigeu médio) e 405.500 km (apogeu médio). O diâmetro equatorial da Lua é de 3.475 km. A Lua não é o maior satélite do Sistema Solar (o maior é Ganimedes, satélite de Júpiter com 5.262 km de diâmetro), mas se levarmos em conta o diâmetro do planeta Terra no equador, que é de 12.756 km, então vemos que o diâmetro da Lua é cerca de 1/4 do diâmetro do nosso planeta. Isto faz da Lua o maior satélite do Sistema Solar em termos de proporção relativamente ao seu planeta.

O período de rotação da Lua é igual ao seu período de translação sideral, ou seja, 27,3 dias terrestres. Dado que a Lua demora o mesmo tempo a dar uma volta a si mesmo como a dar uma volta ao redor do planeta Terra, a Lua fica sempre com a mesma face voltada para a Terra. Como tal, apesar da Lua ser observada pelos seres humanos há milénios, apenas um lado da mesma está ao alcance dos observadores na Terra. Durante muito tempo a “face oculta” da Lua foi completamente desconhecida pelo ser humano. Porém, quando as missões espaciais foram enviadas e orbitaram o nosso satélite, ficamos a conhecer também a sua “face oculta”.

Então, como foi anteriormente mencionado, o período sideral da Lua é de 27,3 dias terrestres, mas o período sinódico é de 29,5 dias terrestres. Qual a diferença entre o período sideral e o período sinódico da Lua? O período sideral refere-se ao tempo que o nosso satélite demora a completar uma volta ao redor da Terra; já o período sinódico refere-se ao tempo que a Lua demora a reaparecer no mesmo local em relação ao Sol, visto da Terra, como é o caso por exemplo do tempo entre duas Luas Novas consecutivas. Enquanto a Lua orbita em volta da Terra, o nosso planeta também orbita em volta do Sol, como tal a Lua precisa de um pouco mais de 2 dias para ficar na mesma posição em relação ao Sol, visto da Terra. Pegando no exemplo da Lua Nova, esta acontece quando a Lua está entre o Sol e a Terra, ficando estes três objetos celestes alinhados. Se a Terra estivesse “imóvel” em relação ao Sol, então não haveria diferença entre o período sideral e o período sinódico da Lua. Só que como o nosso satélite demora 27,3 dias terrestres a completar uma volta ao redor da Terra, nesse período a Terra deslocou-se em relação ao Sol, fazendo com que exista diferença entre estes dois períodos.

Com o surgimento do telescópio, o nosso conhecimento sobre a Lua foi aumentando. Galileu, por exemplo, no séc. XVII apontou o recém-inventado telescópio para a Lua e fez várias descobertas importantes na época. Porém, a partir da década de 1960, nosso conhecimento sobre o satélite da Terra aumentou bastante, devido às muitas missões espaciais (tripuladas e não-tripuladas) enviadas para a Lua. Destas missões espaciais podemos destacar a missão Apollo, que tinha como missão enviar o homem à Lua. A missão Apollo foi um projeto da NASA que consistiu num conjunto de missões à Lua que decorreu entre 1961 e 1972. Um dos pontos mais altos desta missão foi a 20 de julho de 1969, com o pouso da Apollo 11 na superfície lunar. Neil Armstrong, comandante da Apollo 11, foi o primeiro homem a pisar na Lua. Participaram nesta missão outros dois astronautas: Buzz Aldrin (nascido com o nome de Edwin Aldrin) e Michael Collins. Buzz Aldrin foi o segundo homem a pisar o solo lunar, enquanto que Michael Collins não chegou a pisar a Lua dado que foi o piloto do módulo de comando que ficou em órbita da Lua. O projeto Apollo terminou com a missão Apollo 17, quando em dezembro de 1972 pela última vez um ser humano pisou o solo lunar.

Relativamente à superfície lunar, podemos dizer que é constituída essencialmente por dois tipos de terrenos: terras altas, que são regiões claras e com muitas crateras; mares, que são planícies mais escuras e com menos crateras. De salientar que quando falamos de mares na Lua, não nos referimos a existência de mares como aqueles que existem na Terra. Neste caso os “mares” são planícies de lava.

Na superfície da Lua existem muitas crateras de impacto. Dado que o nosso satélite não tem atmosfera, então também não possui o mesmo “escudo” como tem o planeta Terra, sendo susceptível a mais impactos de asteróides e cometas, criando assim crateras na sua superfície. Essas crateras não são desgastadas pela erosão atmosférica (dada a ausência de atmosfera), permanecendo inalteráveis por milhões de anos.

A missão espacial não-tripulada LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) descobriu que existe água no estado sólido (gelo) na Lua.

A temperatura à superfície da Lua varia bastante. Pode ir de cerca de -235 ºC até cerca 125 ºC.

Fases da Lua

Como explicar as fases da Lua? Tal como o planeta Terra, a Lua possui sempre um dos lados iluminado pelo Sol, e outro lado escuro. A parte iluminada corresponde à parte que está dia, e a parte escura corresponde à parte que está noite. A fase em que a Lua se encontra em determinado momento depende da posição da Lua em relação à Terra. Quando está na fase de Lua Nova, o nosso satélite tem a sua parte escura (a que está  de noite) voltada para a Terra. Como tal não nos é possível ver a Lua. Quando acontece a fase de Lua Nova, esta está no nosso céu muito próxima do Sol. À medida que se vai deslocando, uma parte cada vez maior da região da Lua iluminada pelo Sol vai ficando voltada para a Terra. Aí podemos observar que a Lua parece “crescer”. Cerca de 7,5 dias depois da fase de Lua Nova, chega a fase de Quarto Crescente. Nesta fase observamos metade da Lua iluminada. Cerca de 7,5 dias depois chegamos à fase de Lua Cheia. Nesta fase o lado iluminado pelo Sol está totalmente voltado para a Terra, e assim a Lua parece-nos “cheia”. A partir daí a parte iluminada pelo Sol começa a diminuir (do ponto de vista do observador na Terra), e passados cerca de 7,5 dias chegamos à fase de Quarto Minguante, onde podemos observar metade da Lua iluminada, só que o lado iluminado é o oposto do lado iluminado quando estamos no Quarto Crescente. Passados cerca de 7,5 dias chegamos à fase de Lua Nova, completando assim um ciclo lunar ou lunação, ou ainda um mês sinódico.

Lua Azul

O que é a Lua Azul? Ao contrário daquilo que o nome pode sugerir, não se trata de um fenómeno que torna o satélite da Terra de cor azul. Chamamos de Lua Azul, à segunda Lua Cheia que acontece em determinado mês. Na grande maioria dos meses apenas ocorre uma Lua Cheia mas, embora não sendo muito frequente, por vezes acontecem duas no mesmo mês. Quando tal acontece, a segunda Lua Cheia é chamada de Lua Azul, que no fundo fala sobre a raridade deste acontecimento. Porém, não se observa nada de particular quando tal sucede.

A Lua também é protagonista quando se trata de eclipses. Para conhecer um pouco mais sobre os eclipses veja o artigo: Eclipse Solar e Eclipse Lunar.

Foto da Apollo 11 - Buzz Aldrin

Foto da Apollo 11 – Buzz Aldrin

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