Desde a antiguidade, o céu noturno cheio de estrelas fascinou o ser humano. O que são as estrelas? De que são feitas? Quais os tipos de estrelas que existem? Essas foram algumas das perguntas formuladas ao longo dos séculos. Hoje, apesar de ainda termos muitas questões por responder, já sabemos um pouco sobre o que são as estrelas, e os diferentes tipos que existem.
Em termos gerais, podemos dizer que uma estrela é uma grande bola luminosa, constituída por plasma, e que é mantida pela força da gravidade. O plasma é o estado da matéria mais abundante no Universo e é similar ao gás, porém possui propriedades muito diferentes dos outros estados da matéria (sólido, líquido e gasoso).
Existem muitos tipos de estrelas. Elas variam em termos de tamanho, massa, cor, temperatura, idade, composição química, etc.
Para entendermos melhor os diferentes tipos de estrelas, podemos fazer uso do chamado diagrama de Hertzsprung-Russell. No início do séc. XX, o astrónomo norte-americano Henry Norris Russell e o astrónomo dinamarquês Ejnar Hertzprung, descobriram de forma independente, que existe uma relação entre a luminosidade (magnitude absoluta) com a temperatura superficial das estrelas. Dessa descoberta foi criado o diagrama de Hertzsprung-Russell (H-R), para representar essa relação.
Neste diagrama podemos observar que a maioria das estrelas situam-se ao longo de uma faixa chamada de sequência principal. Essa faixa começa na parte superior esquerda, onde estão representadas estrelas gigantes azuis, que são quentes e muito luminosas, e acaba na parte inferior direita onde estão as anãs vermelhas, frias e pouco luminosas. O Sol situa-se também na sequência principal. Uma estrela da sequência principal produz a energia no seu núcleo através da fusão nuclear transformando o hidrogénio em hélio, permanecendo na sequência principal até que esta fase termine.
Para ver um exemplo de um diagrama de Hertzsprung-Russell, veja um exemplo no fim deste artigo.
Podemos classificar as estrelas conforme a sua classe espectral. Para isso são utilizadas as seguintes letras, em ordem decrescente de temperatura à superfície: O, B, A, F, G, K, M.
Classe O – Estrelas azuis. Temperaturas superiores a 30.000 K. Exemplo: Zeta Orionis.
Classe B – Estrelas de cor entre o azul e o branco. Temperaturas entre os 10.000 K a 30.000 K. Exemplo: Rigel.
Classe A – Estrelas brancas. Temperaturas entre 7.500 K a 10.000 K. Exemplo: Deneb.
Classe F – Estrelas de cor entre branco e amarelo. Temperaturas entre 6.000 k a 7.500 k. Exemplo: Fomalhaut.
Classe G – Estrelas amarelas. Temperaturas entre 5.000 K a 6.000 K. Exemplo: Sol.
Classe K – Estrelas cor de laranja. Temperaturas entre 3.500 K a 5.000 K. Exemplo: Arturo.
Classe M – Estrelas vermelhas. Temperaturas abaixo dos 3.500 K. Exemplo: Betelgeuse.
Existem ainda mais algumas classes que classificam alguns tipos raros de estrelas.
Em termos de tamanho as estrelas podem variar muito. Existem as hipergigantes, supergigantes, gigantes, subgigantes e anãs.
Existem também as chamadas estrelas variáveis. O brilho delas varia periodicamente.